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Durante o verão a cigarra não fez outra coisa senão cantar feliz por encontrar tanto alimento à sua disposição. Para qualquer lado que olhasse ela avistava uma quantidade incontável de folhas verdes e tenras com as quais podia saciar o apetite quando bem entendesse, e por isso ela cantava sem parar, demonstrando a alegria que sentia por viver naquele paraíso.
Mas o tempo passou, o clima mudou, e quando o inverno chegou, a cantora imprevidente se viu em estado de extrema penúria, sem ter nada para comer. Por isso ela se viu forçada a bater na porta da casa da formiga, que morava perto dela, pedindo que esta lhe emprestasse comida suficiente para que pudesse atravessar o período de estio sem correr o risco de morrer de fome, e prometendo que pagaria esse empréstimo com juros, tão logo chegassem novamente à estação da fartura. Mas a formiga perguntou:
- O que foi que fizeste durante todo o verão?
- Bem... eu cantava noite e dia, a qualquer hora - respondeu a cigarra.
- Oh! Mas que beleza! - replicou a formiga. - Pois se antes cantavas, agora poderás dançar o quanto quiseres!
Moral da história: Os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.
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